Broadcast Político
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou, nesta manhã, que o Estado está “se preparando para atacar todos os ramos econômicos” do crime organizado. O dirigente estadual prometeu fazer investimento em inteligência e na “sofisticação” de equipamentos para lidar com o tema.
“Estamos tentando mobilizar o Estado Brasileiro como um todo para enfrentar essa questão da lavagem de dinheiro”, disse, em entrevista à GloboNews. As falas ocorrem em meio à reportagem do Estadão que mostra que o PCC invadiu uma área rica do Tatuapé, transformando a região em uma ‘Little Italy’ de São Paulo
“Essas operações de lavagem, a partir do momento que eles conseguem, a partir de negócios aparentemente lícitos, lavar o dinheiro do tráfico, a gente está prejudicando todo um ecossistema econômico”, afirmou o governador.
Tarcísio enfatizou que, à medida que o crime se sofisticou, o governo também precisa aprimorar suas estratégias para combatê-lo. “Nós estamos adquirindo sistemas muito sofisticados e começamos a fazer operações juntamente com o Ministério Público, também em áreas que normalmente não havia a operação, a gente tinha um rumor que havia ali a participação do crime. Então a gente começou a enfrentar, por exemplo, o crime nas empresas de ônibus. Nós enfrentamos a infiltração política dentro das prefeituras, nós estamos enfrentando, por exemplo, a questão da lavagem do dinheiro em certos estabelecimentos comerciais”, explicou.
O governador também abordou a questão da infiltração política nas prefeituras e a lavagem de dinheiro em diversos setores econômicos, incluindo o comércio de carros de luxo, combustíveis e organizações de saúde. “É nesse sentido que a gente está se preparando para atacar todos os Ramos econômicos, né? Seja o comércio de carros de luxo seja o comércio ilegal de combustíveis seja infiltração em organizações de saúde a lavagem de dinheiro em alguns estabelecimentos comerciais recicladoras de ferro”, acrescentou.
Tarcísio destacou a importância da colaboração entre diferentes órgãos de segurança, com parcerias com o GAECO, com a Receita Federal e a Receita Estadual. Ele também mencionou a necessidade de um sistema de segurança pública integrado e compartilhou a opinião de que a proposta do ministro Lewandowski para criar um sistema único de segurança pública, que permita uma melhor comunicação entre as secretarias estaduais, seria um avanço significativo.