Petróleo registra maior alta semanal em quase dois anos com conflitos no Oriente Médio

Os preços do petróleo subiram mais uma vez nesta sexta-feira (4) e fecharam com a maior alta semanal em
mais de um ano devido à crescente escalada da guerra no Oriente Médio. Os ganhos foram limitados porque
o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, desencorajou Israel de atacar instalações iranianas de petróleo.

Os futuros do petróleo Brent subiram US$ 0,43, ou 0,6%, a US$ 78,05 por barril, enquanto os futuros do
petróleo West Texas Intermediate dos EUA subiram US$ 0,67, ou 0,9%, a US$ 74,38 por barril.

Na base semanal, o petróleo Brent ganhou mais de 8%, a maior alta em uma semana desde janeiro de 2023.
O WTI ganhou 9,1% na semana, o maior ganho desde março de 2023.

Israel jurou atacar o Irã em resposta aos mísseis lançados em terras israelenses na terça-feira (1º), depois
que Israel assassinou o líder do Hezbollah apoiado pelo Irã há uma semana. Os eventos fizeram analistas de
petróleo alertarem clientes sobre o potencial de uma guerra mais ampla no Oriente Médio.

Os preços do petróleo saltaram quase 2% mais cedo na sessão, mas reduziram ganhos depois que Biden
disse nesta sexta que, se estivesse no lugar de Israel, consideraria outras alternativas para não atacar os
campos de petróleo iranianos.

Biden, já havia falado sobre o assunto na quinta-feira (3), quando afirmou que havia discutido o tema com
Israel.

“O mercado estava muito confortável ignorando os riscos geopolíticos”, disse Ben Luckock, chefe global de
petróleo da Trafigura. “Para onde o preço vai a partir daqui será determinado pelo que Israel especificamente
almeja dentro do Irã. Todos estamos observando e esperando.”

Um ataque às instalações de energia iranianas não seria o curso de ação preferido de Israel, escreveram
analistas de commodities do JPMorgan nesta sexta. Ainda assim, os baixos níveis de estoques globais de
petróleo sugerem que os preços devem ser elevados até que o conflito seja resolvido, eles acrescentaram.

A república islâmica exporta 1,7 milhões de barris de petróleo por dia, principalmente de um terminal na Ilha
de Kharg, cerca de 25 km da costa sul do país.

Os exportadores de petróleo da Opep juntos têm mais de 5 milhões de barris por dia de capacidade de
produção ociosa, principalmente na Arábia Saudita e nos Emirados Árabes Unidos, que poderiam ser
ativados em caso de interrupção dos suprimentos iranianos.

Com informações Financial Times

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