Petrobras pratica €œpreço do mercado brasileiro€ e preço da gasolina pode cair em breve, diz Prates
“Talvez (haja queda da gasolina). Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro”, afirmou o CEO da PetrobrasA Petrobras (PETR3;PETR4) não está mais praticando o preço de paridade de importação, e sim “o preço do mercado brasileiro”, disse nesta quinta-feira, 23, o presidente da empresa, Jean Paul Prates, em evento promovido pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Segundo Prates, com a continuidade da queda do preço do petróleo, é possível que haja “em breve” a queda também do preço da gasolina, depois da redução de 4,5% anunciada na quarta-feira, 22, para o diesel.“Talvez (haja queda da gasolina). Estamos flutuando de acordo com a referência internacional e com o mercado brasileiro. Essa é a nossa política, com o produto produzido aqui e o importado”, disse Prates ao deixar o evento.Ele reafirmou que sempre que possível a Petrobras vai praticar o preço do mercado brasileiro – uma soma da produção interna com a importada – e voltou a criticar a política de preços anterior, de paridade com a importação, rejeitada pela nova gestão.“Já expliquei várias vezes que vamos praticar o preço do mercado brasileiro, e sempre que a gente puder um preço mais barato para vender para o nosso cliente, para o nosso consumidor brasileiro, nós vamos fazer”, afirmou o presidente da Petrobras.CEO da Petrobras (PETR4) diz que gestões anteriores deixaram refinarias “a meia bomba”Ele ironizou ao ser perguntado pelo fim da política de paridade de importação (PPI) da Petrobras, dizendo que não existe nada escrito que obrigue a empresa a seguir essa prática.“Quem é PPI? Onde ele é publicado? Não tem nada escrito. Eu não aceito o dogma do PPI, aceito a referência internacional e com preço de mercado de acordo com nosso cliente. Quem paga bem recebe desconto, quem está perto recebe de um jeito…é a política de empresa”, disse o executivo. “A gente tem que acabar com o dogma de ter que praticar o preço do seu concorrente”, completou, ressaltando que não precisa “andar em cima da linha do importador”, que é um concorrente da Petrobras. Estadão Conteúdo