A indústria de veículos pesados está de olho no potencial do etanol para substituir o diesel. Os estudos já em andamento para viabilizar essa troca, aproveitando o etanol como um combustível mais sustentável e alinhado às metas globais de descarbonização.
O tema ganhou destaque no G20, onde o Brasil apresentou a ideia de ampliar o uso de biocombustíveis na matriz energética nacional, como parte do programa “Combustível do Futuro”. A iniciativa busca reduzir a dependência do petróleo e colocar o país como exemplo global na transição para combustíveis renováveis.
Apesar do avanço, a medida gera preocupações entre os consumidores. Motoristas de veículos a gasolina ou diesel têm custos mais altos e desafios técnicos. Os carros a gasolina já enfrentam o impacto do aumento gradual da mistura de etanol, hoje em 27% e com previsão de subida para 35%. Para veículos pesados, como ônibus e caminhões, o biodiesel ainda apresenta problemas relacionados à manutenção dos motores, o que pode tornar a operação mais cara.
Enquanto isso, a Confederação Nacional do Transporte (CNT), que representa cerca de 200 mil associados, alerta para o impacto económico da transição, especialmente no transporte rodoviário.
Por outro lado, o Brasil continua investindo em pesquisas para ampliar o uso do etanol nos motores. Após mais de 20 anos de tecnologia flex, ainda há desafios, mas o país segue como líder mundial em soluções sustentáveis para mobilidade.
O debate sobre o futuro do etanol é essencial para equilibrar a sustentabilidade, a inovação e os interesses do consumidor brasileiro.