Etanol na gasolina: Mistura pode cortar o consumo em 107,6 mil por mês; entenda
Com a retomada do assunto sobre a revisão da composição da gasolina, o governo ainda estuda a elevação do teor de etanol na gasolina de 27,5% para 30%, em viés de reduzir o consumo de gasolina A (pura) em aproximadamente 107,6 milhões de litros por mês.Em maio, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia), já havia sinalizado uma eventual alta no percentual de etanol nos combustíveis. Além também, do vice-presidente e ministro da Indústria, Geraldo Alckmin, que já apontou esse tópico outras vezes.Com base no consumo do ano passado, o calculo corresponde ao volume de um pouco mais de dois navios tanqueiros de porte médio, usados nas operações de importação de gasolina.Segundo Amance Boutin, especialista em combustíveis da Argus, o aumento da mistura da gasolina e do etanol reduz a dependência externa do Brasil, trazendo também possibilidades de repasse de oscilações dos preços de produtos no mercado internacional.“Bem na linha da pauta do governo de reduzir o peso da volatilidade do mercado externo”, disse Boutin, em conversa pelo telefone.Boutin ainda destaca que o aumento da mistura de etanol também poderia eventualmente levar o Brasil para a autossuficiência de gasolina, mas que, no entanto, a importação tem sido crescente, apontando força no consumo do combustível fóssil.No ano passado, o consumo de gasolina A alcançou 31,42 bilhões de litros, maior nível desde 2017, disse a Argus, citando dados da reguladora ANP.O Ministério de Minas e Energia não forneceu uma previsão de quando o PL será encaminhado ao Congresso. No entanto, apontou que o programa envolve outras partes e órgãos federais e a elevação da mistura está ainda condicionada à constatação de sua viabilidade técnica.Esse aumento na mistura da gasolina e etanol prevê um conjunto de ações para descarbonizar a matriz energética de transporte, industrialização e incremento da eficiência energética dos veículos, que pode constar no projeto de lei uma colaboração do governo federal para o Programa Combustível do Futuro. MONEYTIMES