O mercado brasileiro de caminhões e ônibus é dominado pelos veículos a diesel. Mas entre janeiro e abril de 2025, os números indicam que opções mais sustentáveis, como elétricos e veículos a gás, começam a conquistar seu espaço, ainda que de forma tímida.
Dessa forma, neste primeiro quadrimestre do ano, a indústria licenciou 44.230 unidades a diesel. O que representa 98,7% do total de veículos pesados vendidos no País, conforme dados divulgados pela Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores).
Todavia, apesar da hegemonia, o segmento de caminhões e ônibus elétricos mostra sinais de crescimento. No mesmo período, 383 unidades elétricas foram emplacadas. Ou seja, o equivalente a 0,9% do mercado. Seja como for, o número já supera o volume registrado durante o mesmo período em 2024, quando foram comercializados 275 caminhões e ônibus com a tecnologia.
Crescimento é discreto, mas constante
Assim, o destaque positivo fica para os veículos elétricos, cuja participação no mercado vem oscilando positivamente ao longo dos meses. Em janeiro de 2025, por exemplo, os elétricos responderam por 1,2% dos licenciamentos — o maior índice mensal registrado até agora. A expansão, embora modesta, reflete o interesse crescente de empresas de logística e prefeituras por soluções de transporte mais limpas. Especialmente para frotas urbanas e transporte coletivo.
Transição energética no transporte pesado
Apesar dos números modestos, o setor começa a se mover em direção a alternativas ao diesel. Nesse sentido, a adoção de veículos elétricos e a gás deve se acelerar nos próximos anos. Afinal, políticas ambientais aumentam a demanda de grandes empresas por soluções sustentáveis.
Porém, para impulsionar as vendas por entre os desafios que ainda precisam ser superados estão a ampliação da infraestrutura de recarga para veículos elétricos, o custo inicial elevado e a maior oferta de modelos no mercado nacional. Além disso, no gás os corredores azuis ainda estão em expansão.
Fonte: Estradão