O petróleo avançou nesta terça-feira, 22, com possível recrudescimento do conflito no Oriente Médio em
pauta. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para dezembro fechou em alta de 2,42%
(US$ 1,70), a US$ 71,74 o barril, enquanto o Brent para dezembro, negociado na Intercontinental Exchange
(ICE), subiu 2,35% (US$ 1,75), a US$ 76,04 o barril.
Depois de estabilização recente, os preços do petróleo voltaram a subir diante de uma possível escalada dos
conflitos no Oriente Médio. “O petróleo subiu por conta da notícia de que drones do Hezbollah atingiram a
residência de Benjamin Netanyahu no sábado”, diz Robert Yawger, do Mizuho.
A tensão continuou com o Hezbollah disparando foguetes contra Tel-Aviv antes da chegada do secretário de
Estado americano Antony Blinken, que está em Israel em busca de um plano de cessar-fogo para Gaza.
O grupo xiita libanês diz que não vai negociar cessar-fogo com Israel enquanto as hostilidades continuarem.
Há preocupação de que o Irã possa se envolver na disputa e atacar o território israelense.
Nos EUA, Janet Yellen indicou o anúncio de novas sanções à Rússia, indicando que, caso os petróleos russo
ou iraniano sejam atingidos por medidas do gênero, o Tesouro dos EUA garantirá que os mercados de
petróleo internacionais permaneçam bem abastecidos. “Nosso novo teto de preço para o petróleo russo já
restringiu as receitas da Rússia, e manteve os mercados globais de energia bem abastecidos”, afirmou.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) analisou em relatório os efeitos dos eventos geopolíticos no Oriente
Médio nos preços das commodities, como o petróleo. E segundo o órgão, o medo de uma escalada regional
adicionou uma volatilidade e risco de prêmio aos preços do óleo, além do corte na produção de países da
Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+).